Que palavra esta, liberdade! O que é que ela nos diz? Neste dia da "Liberdade", comemorado com um feriado para que se faça a necessária reflecção sobre este tema, que 33 anos depois continua tão actual como em 1974.
A Democracia Portuguesa, apesar de já ter atingido a consolidação, teve um crescimento difícil e continua a ter uma evolução dificultada pela corrupção, incompetência e facilitismo da classe dirigente e até de nós próprios. Nós é que votamos neles, nós é que lhes damos a responsabilidade de gerir o nosso futuro. Assim quando não votamos, não fazendo o nosso dever de cidadãos, estamos a deixar que outros decidam por nós.
É com preocupação que vejo este crescente sentimento nacionalista e totalitarista, não só em Portugal, mas também um pouco por todo o mundo. Veja-se o candidato à presidência de França, Nicolas Sarkozy que se for eleito pretende criar um ministério da emigração.
Tal como se diz: "A Democracia é como o casamento. Não é perfeito, mas ainda não foi inventado nada melhor". Será que já não temos noção do que é a liberdade, a fraternidade, a igualdade, para que se queira regressar a estes regimes. Se assim é, para que serve este feriado, para que serve este dia?! É bom ficar a descansar em casa, mas é incómodo pensar naquilo que ele representa!
Tenho no entanto em mim que os portugueses não são nem fascistas, nem xenófobos, tão só gostam de líderes autoritários para descartar a responsabilidade dos sucessos e dos fracassos numa só pessoa. É tão mais fácil. No entanto gostamos de criticar as decisões, queixar-mo-nos de tudo e todos com ou sem razão. Somos autênticos "comentadores de bancada" sempre à espera que apareça um novo "Mourinho" (Desculpem-me esta gíria futebolística).
No entanto para termos uma melhor e mais firme democracia, temos de ser mais participativos, mais activos, mais diligentes, mais responsáveis, mais, mais, mais... São muitas exigências para um curto espaço de tempo, mas eu acredito...